Ainda a Lenda da Capa Rica...

06 outubro 2007


Os alunos da turma do 4.º Ano da Professora Ana Lúcia escreveram e ilustraram:

A Lenda da Capa Rica
Há muitos, muitos anos…

Quando Caparica era um local ermo, apareceu uma criança muito bonita, pobremente vestida e descalça que nem sabia de onde vinha.

Um velho mendigo tomou conta da menina, que só possuía a sua capa e nada mais, o velho reparou que a capa era de boa qualidade, que ela pertencera a uma família rica.

Passados muitos anos já a menina era uma jovem, o velho estava às portas da morte, pediu-lhe para que naqueles últimos momentos lhe pusesse a capa por cima, dizendo-lhe que a capa velha era uma rica capa.

A jovem fez-lhe a vontade, e quando o velho morreu, juntou todo o seu dinheiro para lhe dar uma sepultura digna.

O tempo foi passando e a jovem envelheceu sozinha sem ninguém, apenas ela e a sua capa na velha cabana que o velho lhe deixou.

O povo, que a achava estranha, chamava-lhe de bruxa.

Repararam que ela tinha um ritual estranho de subir ao Monte e rezar a Deus e, ao terminar, pegava na sua capa e erguia-a ao céu. Ao fazer este gesto uma luz cercava-a e deixava-a toda iluminada.

Assustados com esta visão e estas atitudes da jovem, o povo tratava-a de BRUXA.

Este comportamento chegou aos ouvidos do rei que a mandou vir à sua presença acompanhada da sua capa, que todos diziam ter feitiço.

A velha explicou-se ao Rei dizendo que não tinha nada com feitiços e o que fazia era apenas rezar a Deus. Acrescentou que não passava de uma pobre velha cujos pertences eram apenas a sua velha cabana e a sua velha capa.

Comovido o rei mandou-a embora com uma bolsa de dinheiro. A velha continuou a sua vida até que um dia morreu.

Júlio Pinheiro
Turma do 4.º 1.ª- professora Lúcia





Era uma vez uma menina que gostava muito de ir à praia para ver o pôr de sol.

Um dia, um velhinho passou por lá e perguntou à menina:

- Como te chamas?

- Não sei, eu não tenho nome, mas costumam chamar-me de Miúda. – disse a rapariga.
- E onde moras? – perguntou de novo o velhinho.

- Não sei, moro na rua e nos sítios onde passo, dão-me de comer.

O Velho teve pena e perguntou:

- Queres ir morar comigo?

- Sim, desde que a tua casa seja perto do mar e do Sol.

- Eu moro naquele monte.

Todos os dias, passeavam pela praia. Aproveitavam para apanhar conquilhas para comer.

Passavam os dias e ela ia crescendo e ele envelhecendo. Um dia…

- Emprestas-me a tua capa? – pediu o velhinho – Tenho frio.

Com carinho, ela aconchegou-o e tapou-o com a velha capa.

No dia a seguir, ele não acordou. Ela, passou a viver só e passou a ser Mulher.

As pessoas começaram a tratá-la de bruxa. Ela não se importava. Todos os dias, rezava pelo velhinho, na praia e de braços erguidos ao Sol.

Um dia, chegou aos ouvidos do Rei que ela bruxa e rica. Chamou-a à sua presença e ela respondeu:

- Eu sou tão pobre que só tenho esta capa desde pequenina.

O Rei acreditou nela.

A Mulher morreu passados tempos. Por cima do seu corpo, a velha capa e um recado ao rei. Dizia assim:

-Afinal, a minha capa estava coberta de ouro. Foi o meu companheiro que o deixou. Já não preciso dele. Use-o para proveito desta gente.

Calaram-se as bocas maldosas e, a Velha, foi enterrada perto do Velhinho, junto à Igreja do Monte.

Matilde Coelho
Turma do 4.º 1.ª- professora Lúcia







Certo dia, uma menina estava sentada a ver o pôr-do-sol e, sem dar por mais nada. Atrás da menina estava um velho que lhe perguntou:

- Olha Menina, como te chamas?

- Eu não tenho nome, costumam chamar-me Miúda.

- De onde vens?

- Venho da estrada, costumo pedir esmola perto das casas.

- Já que não tens família, queres morar comigo?

- Sim. – Respondeu a menina.

O Velho levou a Miúda para sua casa. Passado algum tempo, já quase a morrer, pediu-lhe a capa emprestada para se tapar.

O velho morreu e a Miúda mudou de nome, passou a ser Mulher e continuou a ir para a praia. As pessoas começaram a tratá-la de bruxa.

Foi ouvida pela Rei onde afirmou ser apenas uma Velha desgraçada, sem nada, apenas com uma capa.

Quando, anos depois morre, manda entregar a capa ao Rei.

Ao pegar na capa, sente peso. Manda-a rasgar e foi com espanto que viram moedas de ouro caírem da velha capa.

O Rei mandou construir a Igreja, aquela que é hoje a Igreja Paroquial do Monte de Caparica.


Maria Almeida Siva
Turma do 4.º 1.ª- professora Lúcia

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